Sexta-feira, 10 de Janeiro de 1919Revolta republicana039703
Rebentam revoltas republicanas em Lisboa, na Covilhã e em Santarém. Na capital, o movimento feito por civis e militares foi rapidamente controlado, o mesmo acontecendo na Covilhã, sob a ameaça da coluna organizada por Teófilo Duarte. Em Santarém, a união de democráticos, evolucionistas, independentes, ex-sidonistas e socialistas teve mais sucesso, contando com importantes nomes políticos e militares, e com um maior número de tropas sublevadas. Em Santarém estão do mesmo lado da barricada nomes como Álvaro de Castro, Dias da Silva, António Granjo e Cunha Leal.
A proclamação de Santarém estabelecia acordos em questões sensíveis como, por exemplo, o princípio da dissolução (poder que o Presidente da República passaria a deter), mas também a dissolução do Congresso e a realização de eleições, a abolição de leis de excepção, uma política externa em consonância com a Inglaterra. Reclamaram a demissão do governo Tamagnini Barbosa e a formação de um governo de concentração republicana que incluísse os partidos republicanos e socialista e personalidades extra-partidárias.
Foram atacados por várias colunas: uma de Lisboa, outra do Alentejo, a terceira de Coimbra, a que se juntaram tropas do Porto e a "coluna negra" de Teófilo Duarte. As negociações para a rendição começaram dia 15 de Janeiro e as armas foram depostas perante o chefe da coluna que já fizera capitular a revolta da Covilhã.
ano:
1919 | tema:
Violência (política)